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INVERTENDO VALORES, O PODER PARALELO DECRETA ESTADO DE EXCEÇÃO |
PCC troca dívida de
bandido por execução de policiais em São Paulo
As confissões dos assassinos do PCC foram gravadas em vídeo pela
polícia
Três crimes desvendados nas
últimas 24 horas mostram que criminosos da cúpula do Primeiro Comando da
Capital (PCC) estabeleceram prazos para que as ordens de assassinar policiais
sejam cumpridas em São Paulo. As investigações confirmam a suspeita de que bandidos
em dívida com a facção são obrigados a pagar o que devem por meio da execução
de policiais civis e militares ou de agentes prisionais.
As confissões dos assassinos do
PCC foram gravadas em vídeo pela polícia - um deles foi feito pelo Departamento
Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o outro pelo Delegacia de
Juquitiba, na Grande São Paulo. As confissões corroboram as conversas
telefônicas interceptadas pela polícia nas quais líderes da facção deram a
ordem de matar a seus subordinados - o Deic tem em seu poder os áudios das
ordens para matar os PMs Flávio Adriano do Carmo e Renato Ferreira da Silva
Santos.
Um das confissões gravadas é a de
Jefferson Luis de Miranda, de 32 anos. Acusado de roubos e de um latrocínio,
Miranda foi preso ontem em Peruíbe, no litoral paulista, onde se escondia. O
acusado apontou como mandante o “sintonia-geral de Carapicuíba”, o chefe da
facção na região. Afirmou que, para quitar sua dívida de R$ 10 mil com o grupo,
devia matar um policial militar. O prazo para que cumprisse a determinação era
de dez dias. O tempo passou e Miranda não achou um PM. Recebeu, então, novo
prazo: em 24 horas ou matava ou seria cobrado pela facção. Diante disso,
Miranda pediu ajuda a um amigo. Segundo o delegado Josimar Ferreira de Oliveira,
esse amigo é Valmir Fernandes, de 28 anos. Fernandes indicou o investigador
João Antônio Pires, e a facção permitiu que, em vez de um militar, ele matasse
um policial civil. Apanharam-no quando Pires saía de um mercado em 5 de
outubro.
O investigador carregava duas
sacolas, quando os bandidos chegaram em uma moto. Miranda estava na garupa e
atirou. Câmeras filmaram o policial tentando fugir - ele correu para o mercado
e foi perseguido pelo acusado de arma em punho. O criminoso acertou 16 vezes o
investigador - os últimos balaços foram disparados com a vítima imóvel e
indefesa, caída no chão. Fernandes foi preso no dia 8 e negou a acusação. Ele e
Miranda são mais dois candidatos a uma cela em um presídio federal, como os
demais presos por matar policiais.
Fonte: Agência Estado
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