terça-feira, 31 de dezembro de 2013

CRIMINALIDADE A SERVIÇO DO PARTIDO




A LONGA HISTÓRIA DO ÓBVIO

Se existe uma história longa, contínua e bem documentada é a do esforço da esquerda nacional para fomentar a violência criminosa e usá-la como instrumento de destruição sistemática da ordem pública.

Na esfera cultural essa história remonta à década de 1930, quando os escritores comunistas atenderam alegremente ao apelo de Stalin para integrar o banditismo na luta ideológica. Capitães de Areia, de Jorge Amado, a epopeia melosa da transfiguração de um delinquente juvenil em militante revolucionário, foi um dos marcos dessa literatura de propaganda. Nos anos 1960, o Cinema Novo, um pseudópodo do Partido Comunista, ampliou para o terreno do show business a apologia da delinquência.


Na década seguinte, ao mesmo tempo que a ideologia do bandido inocente contra a sociedade culpada se espalhava nos jornais, nas novelas de TV e na rede pública de ensino, a campanha passava à ação prática, com os terroristas presos na Ilha Grande ensinando aos delinquentes comuns as técnicas de guerrilha urbana que hoje lhes permitem organizar-se em grupos paramilitares aptos a sobrepujar a polícia e a aterrorizar a população indefesa.

Nos anos 1980, quando a demonização dos policiais se tornava a norma obrigatória na cobertura jornalística de assuntos criminais, a simbiose do esquerdismo com o banditismo fazia importantes conquistas no campo jurídico, promulgando leis que protegem os criminosos e criando uma rede de advogados ativistas dedicados a amarrar as mãos da polícia.

Em seguida, a fundação do Foro de São Paulo trouxe a integração continental dessa parceria macabra, montando uma rede de proteção mútua entre as organizações esquerdistas legais e grupos criminosos como as FARC (narcotráfico) e o MIR chileno (sequestros), os quais desde então puderam agir livremente no território nacional com certeza da total impunidade.

Com a ascensão do PT à Presidência da República, a esquerda, senhora absoluta das fontes de desordem, passou a controlar também os meios de simulação da ordem, manipulando o país com a onipotência de um psicólogo pavloviano ante ratinhos de laboratório.

A entrevista que o secretário de segurança pública de São Paulo, Saulo de Abreu, frustrando as tentativas do jornalista Franklin Martins de cassar-lhe a palavra, acusou o partido governante de cumplicidade direta com o PCC, não fez senão tirar a conclusão lógica de uma história de sete décadas.

Ele se esqueceu apenas de dizer que, se levarmos em conta a cumplicidade moral indireta e camuflada, não haverá um só político ou intelectual de esquerda, dentro ou fora do PT, habilitado a dizer-se inocente da produção deliberada de um estado de caos e violência que, mesmo antes das recentes explosões homicidas em São Paulo, já vinha matando 50 mil brasileiros por ano.

Enquanto uma nação enfeitiçada pelo discurso esquerdista continuar se recusando a enxergar essas obviedades, a onda homicida não cessará de crescer até que, atingido seu objetivo de deter em suas mãos o poder total, a esquerda, como sempre fez em toda parte, possa instituir o monopólio estatal do crime e dispensar a ajuda dos grupos criminosos privados.

Artigo de OLAVO DE CARVALHO, publicado originalmente no Jornal do Brasil em 10/08/2006 e republicado no seu livro "O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota" (Editora Record, 7ª edição, 2013).
  

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