sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

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Veja os locais onde ocorrem mais afogamentos no litoral do Estado

Bombeiros identificaram pontos de risco em praias e lagoas de 10 municípios. Anote as dicas de segurança

O Corpo de Bombeiros divulgou nesta sexta-feira (07) os pontos onde há mais risco de afogamentos no litoral do Espírito Santo. Foram identificados pontos em lagoas e praias de 10 municípios.

Em São Mateus, o maior perigo está em Guriri. A maioria dos banhistas é formada por turistas, que entram na água sem ter conhecimento do lugar, que é caracterizado por ondas fortes e correntes de retorno, que podem sugar as pessoas para o fundo.

Na Lagoa Juparanã, em Linhares, a ordem é só frequentar as praias com salva-vidas e só entrar na água nas áreas demarcadas, que são próprias para os banhistas. Fora delas, o risco são as embarcações. As águas calmas escondem riscos.

Ainda em Linhares, foram identificadas áreas de risco em Regência e Povoação. É onde deságua o Rio Doce. A corrente é forte e pode levar o banhista para o fundo. No Pontal do Ipiranga, o cuidado deve ser redobrado na foz do Rio Uruçuaquara (a 20 quilômetros de Pontal do Ipiranga), porque a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

Em Aracruz, o ponto mais arriscado é a Barra do Sahy. O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

Jacaraípe, na Serra, tem ondas fortes e muitos surfistas. Os banhistas devem evitar ficar perto deles, pois as pranchas podem ferir as pessoas. Atenção também à correnteza de retorno. Ainda na Serra, Nova Almeida e Praia Grande (Fundão) têm rio perto da praia. Quando a maré está vazando e a correnteza está muito forte, há perigo de o banhista ser levado pela correnteza.

Em Vitória, atenção na Curva da Jurema. A praia tem buracos, que vão de 10 a 12 metros de profundidade. Quem cai neles e não sabe nadar muito bem acaba se afogando, pois não é possível pisar em algo para tomar impulso e sair do lugar.

Na Praia de Camburi, as ondas são fortes em determinadas luas. Além disso, há as correntezas de retorno, caminho pelo qual a água das ondas volta pelo mar e, dependendo da força, pode arrastar uma pessoa. Essas áreas podem ser identificadas mais facilmente. São os pontos onde o mar fica mais barrento.

Em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha, o maior problema são as ondas fortes, que podem machucar. Também possui correntezas de retorno. Já na Barra do Jucu, além das ondas fortes, há o rio, que sempre indica perigo. Quando a correnteza está muito forte e a água vazando, a pessoa pode ser arrastada para as partes mais profundas do mar. E na Praia da Costa, o perigo é para os aventureiros. Próximo ao local onde ficam os barcos dos pescadores, os banhistas costumam pular na água, o hábito é um perigo, pois existem pedras no fundo e as pessoas podem bater a cabeça.

Praia do Morro, das Virtudes, das Castanheiras e Enseada Azul, em Guarapari, parecem calmas, o que incentiva as pessoas a se aventurarem a nadar. Mas aqueles que não possuem bom condicionamento físico costumam passar mal, e acabam se afogando.
Praia da Areia Preta: É funda. E depois de aproximadamente três metros da areia, em alguns pontos, quem não sabe nadar não encontra o chão e acaba se afogando;

Em Anchieta, muitas crianças frequentam a praia dos Castelhanos, o que é sempre fator de preocupação, pois elas gostam de se aventurar nas pedras. Há o risco de escoriações, cortes e quedas, que podem ser fatais. Na Lagoa de Ubu, de um lado ao outro são aproximadamente 200 metros. Isso anima alguns a atravessar a lagoa. Mas quem não está fisicamente preparado pode acabar se afogando antes de completar a travessia.

Itapemirim apresenta risco devido ao rio que deságua no mar e faz aparecer buracos e correntezas intensas em alguns pontos, que costumam fazer vítimas.

Em Piúma, apesar das águas calmas e rasas, os turistas podem ter problemas com passeios longos. A 1,5 quilômetros da praia há uma ilha, que muitos gostam de visitar. Na ida, geralmente, a maré está baixa e é possível ir andando, mas na volta, a maré pode subir e pegar os desavisados de surpresa.

Na Praia da Cruz, em Marataízes, há ondas e as chamadas correntezas de retorno, por onde as águas voltam para o mar e puxam os banhistas para o fundo. E na Praia da Barra, dois metros depois da linha da água começa a ficar fundo e os desavisados podem ter problemas.

Em Presidente Kennedy, o cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

Por fim, nas lagoas da Grande Vitória, além do afogamento, pois é mais difícil nadar na água doce, onde os nadadores se cansam mais rápido, há ainda o risco de as pessoas ficarem presas na vegetação.


Dicas do Corpo de Bombeiros para prevenir acidentes:

Não imergir em água após lanches e refeições;

Não se afastar da margem;

Não saltar de locais elevados para dentro da água;

Prefira lançar objetos flutuantes (bolas, bóias, isopores, madeiras, pranchas e outros) ou então corda para salvar pessoas, ao invés da ação corpo a corpo;

Não deixar crianças sozinhas sem a presença de um adulto responsável;

Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e permaneça próximo a ele;

Olhar a sinalização do local, pois a mesma indicará se ele é próprio para banho ou não;

Evite brincadeiras de mau gosto, como os conhecidos "caldos";

Tome cuidado ao caminhar sobre as superfícies rochosas, pois podem estar escorregadias, o que levaria a queda e cortes;

Instrua a criança quanto ao perigo existente ao entrar em águas mais profundas ou ficar só;

Não deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: pois cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança dentro da banheira fique submersa;

Não abandone uma criança para atender um telefonema, pois atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;

Não deixe uma criança só em qualquer tipo de reservatório d’água, pois ao sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro;

Nunca deixe a criança sozinha dentro ou próxima da água, mesmo em lugares considerados rasos;

Mantenha baldes, recipientes e piscinas infantis vazios. Guarde-os sempre virados para baixo e fora do alcance das crianças;

Feche sempre a tampa do vaso sanitário e tranque a porta do banheiro;

Em mares, rios, represas e lagos, preste muita atenção na criança. Fique alerta nas mudanças de ondas e correntes, por exemplo;

Sempre use colete salva-vidas aprovado pela guarda costeira quando estiver em praias, rios, lagos ou praticando esportes aquáticos;

Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando seu filho for visitá-los, certifique-se de que será supervisionado por um adulto enquanto brinca na água;

Instale cercas de isolamento ao redor da piscina com pelo menos 1,5 metros de altura, equipadas com portões e travas;

Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;

Matricule as crianças em aulas de natação.

Em caso de problemas, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros, para que o mesmo oriente e auxilie a vítima.


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