sábado, 1 de dezembro de 2012

O CÃO: UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DE SEGURANÇA PÚBLICA É DESPREZADA NO BRASIL




Cães Aplicados à Segurança no Brasil e no Mundo

Militando na área de segurança há mais de duas décadas, temos acompanhado a evolução criminal e as soluções propostas e/ou empregadas em todos os continentes, muitas vezes observando e aprendendo in loco estas questões.

É notório afirmarmos que o Brasil está muito aquém dos países desenvolvidos no quesito cães de trabalho ou cães de segurança.

Chama a atenção o grau de desenvolvimento da aplicação de cães na segurança pública, privada e forças armadas em países como a Alemanha, Inglaterra, França, Suíça, Áustria, Austrália, Estados Unidos, África do Sul e Israel entre outros tantos.

Na segurança pública vemos cães atuando em fronteiras, portos, aeroportos, rodoviárias, estações de trem, postos de fiscalização rodoviários, metrôs e manifestações públicas de ordem comemorativa ou de protestos.

Grupos policiais altamente especializados como o GSG9 alemão e o RAID francês possuem estruturas de treinamento inigualáveis e desenvolveram conceitos e práticas operacionais muito além do imaginado até então.

Recentemente tivemos a notícia do cão Cairo que atuou com o grupo Seal Team 6 na operação “Lança de Netuno”, que acabou por neutralizar o terrorista mais procurado do mundo Osama Bin Laden no Paquistão.

Nas forças armadas americanas os cães se provaram ser o melhor detector de explosivo, jamais superado por qualquer tipo de tecnologia de última geração, salvando muitas vidas cotidianamente.

No setor privado, as seguradoras americanas utilizam-se de cães farejadores para detectarem possíveis iniciadores de incêndios, validando ou não, a hipótese de incêndio criminoso ou acidente, antes de pagarem os danos aos seus segurados.

Antes de falarmos sobre o Brasil, interessante notarmos que mesmo nos países desenvolvidos existem práticas específicas, algumas regulamentadas outras não, quanto aos procedimentos operacionais, aos métodos de treinamentos, a condução dos animais, certificações e mesmo quanto à seleção e raças a serem trabalhadas.

A experiência militar e de segurança pública brasileira tem melhorado, mas ainda estão muito longe das referências internacionais, principalmente pela falta de investimentos em infraestrutura, pessoal e intercâmbio internacional e mesmo nacional.

Já o setor privado de segurança tem se utilizado de cães há mais de duas décadas, contudo, sem consistência estratégica, tática ou comercial, fazendo com que o mercado futuro não se expanda por falta de credibilidade técnica dos fornecedores, ou de acesso a bons animais.

O orgulho e a vaidade de muitos profissionais privados e governamentais que atuam neste setor tem prejudicado muito o desenvolvimento destas atividades, não só por desejarem deter os poucos conhecimentos que possuem, mas principalmente pela falta de visão por não acompanharem, ou serem muito resistentes ao que está acontecendo lá fora em termos de ciência, experimentação e novas práticas.

Nossa intenção não é a de melindrar ninguém, mas sim de abrir as perspectivas e levar estas atividades a outro nível no Brasil.

Sinto-me muito a vontade para manifestar-me desta forma em razão de não ser egresso de nenhuma força pública ou militar, mas sim do setor de segurança corporativa, onde posso afirmar, o ambiente é altamente competitivo e exigente quanto aos resultados, exigindo sempre, questionando tudo e colocando a prova cada solução apresentada com o risco de se condenar para sempre a iniciativa empregada.

Apesar disso, tenho formação multidisciplinar em diversos países, credenciando-me espero, para contribuir com todos os interessados na evolução do uso tático de cães.

Há dois anos estamos trabalhando seriamente com as melhores mentes e profissionais experimentados do Brasil e do exterior para a evolução do trabalho de faro canino e proteção no mercado governamental e corporativo brasileiro.

Espero que, se não todos, a maioria baixe a guarde e se una a nós nesta missão.

Convido a todos a nos visitar e acompanhar nossas publicações e iniciativas neste setor.

Aureo Miraglia de Almeida – Diretor da Poliguard Risk Intelligence.

Fonte: http://k9tactical.wordpress.com/

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