sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MAIS UM GOLPE?

Força da união



Vem circulando nos bastidores das polícias um texto com origem no Gabinete do Governador, cujo conteúdo está pronto para tornar-se um decreto.

Em curtas linhas e sob rápido exame, o que o pacote pretende, principalmente, é anexar 18 horas da escala especial à carga horária normal de trabalho, de modo que fiquem restando apenas 6 horas para serem cumpridas a título de escala especial.

Precisamos ficar atentos, estudando detalhadamente a atitude do Governo padrasto para não sermos surpreendidos com prováveis prejuízos decorrentes da medida.

Os principais atingidos seriam os policiais que trabalham em regime de plantão, uma vez que àqueles trabalhando normalmente no expediente continuaria a exigência das 40 horas semanais acrescidas das 24 horas da escala especial para serem cumpridas à parte.

Embora o futuro decreto precise ser examinado com mais minúcia, de qualquer forma, o que ficou aparente foi o seguinte: em vez de anexarem definitivamente aos nossos salários o valor, ou seja, O DINHEIRO das escalas especiais, como reza um conjunto de normas que protege o trabalhador, estamos em vias de presenciar exatamente o contrário, ou seja, a anexação DAS HORAS da escala especial ao horário normal de trabalho.
Vão continuar nos pagando o mesmo salário, mas estaremos submetidos a uma escala de trabalho mais sacrificante do que a atual, COM FOLGAS REDUZIDAS.

Espera-se agora uma firme intervenção de todas as entidades representativas, pois a bandeira erguida por elas em épocas de eleições foi a de anexar o valor das escalas ao salário, valendo-se de sólida fundamentação jurídica, E NÃO AUMENTAR A QUANTIDADE DE SERVIÇO PARA OS POLICIAIS.

Ora bolas, quando se fala em anexação de escala especial, o peixe vendido é aquele que permite pegar somente o dinheiro das 24 horas do serviço extra, que já faz parte de nosso orçamento, e jogar todo o resto no lixo, SEPULTANDO DE UMA VEZ A EXPLORAÇÃO DA ESCALA ESPECIAL.

Fiquemos de olhos bem abertos, pois no passado sofremos um golpe semelhante quando decidimos em assembléia geral aumentar a carga horária de 30 horas semanais para 40 horas, exacerbando dessa forma os fatores prejudiciais à saúde que são inerentes à atividade policial.
A diferença é que àquela época assim o fizemos porque, em situação de penúria, era essa a condição imposta pelo Governo para concessão de substancial aumento nos contracheques. Agora, nem isso.

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