quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ENQUANTO AQUI SE DISCUTE PACIFICAMENTE A VOLTA DA CPMF, LÁ O BICHO PEGA...



Itália: mais impostos provoca ira da população

Pacote que reduz gastos e aumenta taxa de valor agregado será votado hoje, no Senado

06/09/2011 - 21h26 - Atualizado em 06/09/2011 - 21h26
A Gazeta

Milão

O governo da Itália propôs ontem, pela quinta vez em apenas dois meses, novas alterações em seu pacote de austeridade fiscal, em um momento no qual tenta acalmar os investidores em meio a uma greve geral de 24 horas, à queda nos mercados de ações e à elevação nos custos dos empréstimos para o país.

O governo informou que buscará um voto de confiança no Parlamento para a implementação de um plano de austeridade que prevê 45,5 bilhões de euros em cortes e que amanhã aprovará a introdução na Constituição do país de uma cláusula de orçamento equilibrado.

O Senado deverá votar o pacote na manhã de hoje. Entre outras coisas, o governo propôs a elevação da taxa de valor agregado para 21%, dos atuais 20%, para aumentar a arrecadação de impostos.

A administração do primeiro-ministro Silvio Berlusconi também sugeriu a criação de um imposto provisório de 3% para contribuintes que ganhem acima de 500 mil euros por ano até que o orçamento se reequilibre.

A expectativa do governo é de que consiga equilibrar o orçamento em 2013. Também foi proposta a elevação, de 60 para 65 anos, da idade de aposentadoria das mulheres que trabalham no setor privado a partir de 2014.

A quinta alteração do pacote ocorre em um dia no qual dezenas de milhares de italianos saíram às ruas em meio a uma greve geral que levou à interrupção dos serviços de transporte público e do tráfego aéreo.

A greve de oito horas afetou o transporte púbico, incluindo o tráfego aéreo. Cerca de 200 voos foram cancelados em Roma e Milão, enquanto os metrôs das duas maiores cidades italianas não funcionaram.

Cerca de 50% dos trens ficaram parados nas estações. A CGIL estima que 58% dos trabalhadores sindicalizados aderiram à greve e nos transportes o total de trabalhadores chegou a 70%.

"Essa é uma greve geral contra uma manobra totalmente injusta e, como estamos vendo, totalmente irresponsável", disse a dirigente da CGIL, Susanna Camusso.

Ela se referia ao artigo 8 da lei trabalhista, o qual poderá ser derrogado para facilitar as demissões dos trabalhadores. Duas centrais sindicais importantes, embora menores que a CGIL, não participaram da greve e manifestaram preocupações.

Em euros - 45,5 bilhões: É o corte em dívidas que o governo quer fazer.

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