domingo, 10 de abril de 2011

COMPORTAMENTO: O AMOR ESTÁ NO AR

Mulheres bonitas
“emburrecem” os homens

Homem é bobo mesmo – é fácil ouvir um montão de mulheres por aí bradarem essa máxima. E o pior é que, na presença delas, eles realmente são. “Dois testes, nos quais participantes interagiram com alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto, demonstraram que a capacidade cognitiva do homem (mas não a da mulher) cai logo após uma conversa com o sexo oposto”, conta um estudo de pesquisadores da Universidade de Radboud, na Holanda.

E, quanto mais atraente o cara considera a mulher em questão, maior o efeito dessa confusão mental – que é temporária e passa alguns minutos após o contato com a bonitona. É que, lembram os cientistas, os homens são mais motivados pelo acasalamento do que a mulher. São, por exemplo, mais propensos a procurar por sinais de interesse sexual no comportamento feminino e a superestimar o interesse dela numa conversa. O que, na hora da interação, dá uma embaralhada nos pensamentos e os deixa biologicamente confusos.
Em tempo: o estudo só examinou essa questão entre heterossexuais. “Entretanto, uma questão interessante para pesquisas futuras seria se, entre homossexuais, interações com pessoas atraentes do mesmo sexo seriam mais exigentes cognitivamente”. A ver.

Arrumar emprego é mais difícil para mulheres bonitas

Beleza é superficial – é o que a polícia do “politicamente correto” diz. Mas quando o papo é conseguir emprego, quanto mais bonito você é, mais fácil é ser contratado. A não ser, é claro, que você seja do sexo feminino. Pesquisadores da Universidade de Ben-Gurion e do Ariel University Center, em Israel, dizem que homens bonitões têm 50% mais chances de serem chamados para entrevistas de emprego do que os de aparência normal. Mas mulheres bonitonas são bem menos propensas a conseguirem um tempinho com o entrevistador.
A razão? De acordo com os cientistas, a maioria do pessoal dos departamentos de RH por aí, que é quem normalmente avalia os currículos, são mulheres jovens e solteiras. Presumidamente, elas não se animam em contratar “concorrentes em potencial”. Soa um tanto sexista, a gente sabe – e os pesquisadores também. Mas os dados confirmam.
Durante a pesquisa, foram enviados 5.312 currículos, em pares, para 2.656 vagas de emprego lá mesmo em Israel. Em cada par, um currículo não levava foto, enquanto o outro, quase idêntico, tinha uma foto de um homem ou de uma mulher bem atraente, ou então de um homem ou de uma mulher de aparência normal. Os currículos dos bonitões renderam contatos em 19,9% das vezes; os dos normais, em 13,7%; e os sem fotos, em 9,2% das vezes.
Mas o efeito dos good looks só foi positivo mesmo para os homens. “Entre os currículos das candidatas do sexo feminino, os que não tinham fotos tiveram a melhor taxa de respostas, 22% maior do que os das “normais” e 30% maior do que os das especialmente bonitas”, conta um dos autores do estudo, Bradley Ruffle. E a quantidade de bonitonas discriminadas variou de acordo com quem estava avaliando os currículos. Quando a seleção ficava por conta de agências de emprego, o efeito discriminatório diminuía. Mas quando o recrutamento ficava por conta da própria empresa, as chances das moças bonitas caía pela metade.
Para verificar se a culpa era mesmo da inveja das profissionais do RH, os pesquisadores foram até as empresas que receberam os currículos fictícios e entrevistaram os responsáveis pela seleção em cada uma delas. Descobriram que, em 96% dos lugares, essa pessoa era mulher. E que elas tinham de 23 a 34 anos. E que 67% delas era solteira. “De fato, as evidências apontam que a inveja feminina de mulheres mais atraentes no ambiente de trabalho é a razão primária para a penalização na hora do recrutamento”, diz Ruffle.

Música romântica deixa mulheres mais “facinhas”

Mulheres, fiquem ligadas. E homens: aproveitem! Uma equipe de psicólogos franceses (das universidades de Paris e de Brittany) reuniu 87 mulheres solteiras, entre 18 e 20 anos, para um experimento bem dos maliciosos (brincadeira, é superválido): será que uma trilha-sonora romântica deixaria as moças mais propensas a cair na cantada de um desconhecido?
Primeiro, as voluntárias (que achavam estar participando de uma pesquisa de marketing) passaram cinco minutos em uma sala de espera ouvindo: a) uma balada romântica (Je L’aime a Mourir, do francês Francis Cabrel) ou b) uma canção neutra (L’heure du The, de Vincent Delerm). Depois iam para outra sala, onde discutiam as diferenças entre duas marcas de biscoito (tudo fictício) com um entrevistador de 20 anos (descrito como “normal” – ou seja, nem especialmente bonito, nem feio). Eis que, no fim do papo, ele jogava a cantada: “Meu nome é Antoine, como você já sabe. Gostei muito de você e estava pensando se você me daria o seu telefone. Eu te ligo e a gente pode sair para um drink na semana que vem”.
Só 28% das moças que ouviram a música neutra caiu no papo. Mas quase o dobro (52%) das que esperaram ouvindo a musiquinha romântica topou o encontro e passou o telefone. O efeito foi tão significativo que o estudo foi publicado no periódico Psychology of Music com o nome Love is in the air.

Quando têm fome, homens preferem mulheres mais velhas

Surpresa: é o seu estômago que dita para quem você vai olhar na hora da paquera.
Um belo dia, o pesquisador Terry F. Pettijohn II, da Coastal Carolina University, aliado a colegas da Miami University e da West Virginia University (todas nos Estados Unidos), decidiu investigar se nossas preferências por parceiros sexuais podem variar de acordo com a fome que sentimos no momento.
Por duas semanas, a equipe de Terry entrevistou 328 estudantes (160 homens e 168 mulheres, todos com “graus” variáveis de fome) na lanchonete da universidade, perguntando sobre quais características os atraía no sexo oposto.
Analisando as respostas, o padrão foi bem claro: os rapazes que estavam com mais fome tinham preferência por mulheres com características físicas mais maduras – mais encorpadas, altas e, de fato, mais velhas.
Isso condiz com um “fenômeno” já bem conhecido na comunidade científica: a Hipótese da Segurança Ambiental. De acordo com ela, sempre que nos sentimos ameaçados (ter fome pode invocar uma reação inconsciente meio primitiva no cérebro: “não tenho alimento, vou morrer”), ganhamos uma preferência natural por parceiros mais maduros. A ideia é que eles são mais capazes de oferecer proteção.
Ah, e as mulheres? De barriga vazia, elas também demonstram mais interesse em características maduras – só que, em vez de físicas, de personalidade. A velha história de homem olhar para o corpo e mulher olhar para o que há “dentro” dele…

Fonte: revista Superinteressante

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