Feriadão violento: 13 assassinatos na Grande Vitória durante quatro dias
O destaque negativo ficou com a Serra, onde oito pessoas perderam a vida de forma violenta
Números da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mostram que 13 cidadãos foram assassinados na Região Metropolitana da 0h de quinta-feira (21) até à meia-noite de domingo (24), período que compreendeu a Semana Santa deste ano. O Secretário Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Henrique Herkenhoff, qualificou o volume de ocorrências, no curto espaço de tempo, como algo atípico.
"É preciso ter em mente que o planejamento nosso não pode ser feito improvisadamente, ou da noite para o dia, nós precisamos ter um trabalho consistente e que deve trabalhar sempre sobre dados em períodos mais extensos. Embora nós tenhamos picos de violência, estamos verificando uma redução sistemática nos índices de homicídios nos últimos meses. Nós não podemos olhar apenas um fim de semana. Precisamos avaliar períodos mais longos. Comparando meses ou anos. Essa comparações são mais confiáveis. Afinal em um único dia podem haver muitas coincidências. Esses dias isolados não são preocupação nossa", afirmou Herkenhoff.
Um dado recente, e exemplificado pelo secretário de Segurança, é a redução na quantidade de assassinatos em Guarapari. O número de homicídios no município neste ano já é 44% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. De 1º de janeiro a 17 de março de 2010, foram 23 assassinatos na cidade. Neste ano, no mesmo intervalo, houve 13 registros. Essa seria a maior redução do índice nos últimos cinco anos.
Algumas das explicações dessa redução seriam o aumento da quantidade de operações e o aperfeiçoamento do trabalho de inteligência das polícias, além da prisão de cabeças do tráfico de drogas em Guarapari. Investir cada vez mais em inteligência, aliás, é um dos pilares da nova gestão na Sesp, garante Herkenhoff.
"A polícia brasileira, em geral, não aprofunda as investigações antes de desencadear as operações. Geralmente a polícia parte o mais breve possível para as prisões e com isso 'o peixe grande' acaba fugindo", complementou.
Entre os municípios que registraram 13 assassinatos durante o feriado prolongado de Semana Santa, o destaque negativo ficou com a Serra, onde oito pessoas perderam suas vidas de forma violenta.
"É preciso ter em mente que o planejamento nosso não pode ser feito improvisadamente, ou da noite para o dia, nós precisamos ter um trabalho consistente e que deve trabalhar sempre sobre dados em períodos mais extensos. Embora nós tenhamos picos de violência, estamos verificando uma redução sistemática nos índices de homicídios nos últimos meses. Nós não podemos olhar apenas um fim de semana. Precisamos avaliar períodos mais longos. Comparando meses ou anos. Essa comparações são mais confiáveis. Afinal em um único dia podem haver muitas coincidências. Esses dias isolados não são preocupação nossa", afirmou Herkenhoff.
Um dado recente, e exemplificado pelo secretário de Segurança, é a redução na quantidade de assassinatos em Guarapari. O número de homicídios no município neste ano já é 44% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. De 1º de janeiro a 17 de março de 2010, foram 23 assassinatos na cidade. Neste ano, no mesmo intervalo, houve 13 registros. Essa seria a maior redução do índice nos últimos cinco anos.
Algumas das explicações dessa redução seriam o aumento da quantidade de operações e o aperfeiçoamento do trabalho de inteligência das polícias, além da prisão de cabeças do tráfico de drogas em Guarapari. Investir cada vez mais em inteligência, aliás, é um dos pilares da nova gestão na Sesp, garante Herkenhoff.
"A polícia brasileira, em geral, não aprofunda as investigações antes de desencadear as operações. Geralmente a polícia parte o mais breve possível para as prisões e com isso 'o peixe grande' acaba fugindo", complementou.
Entre os municípios que registraram 13 assassinatos durante o feriado prolongado de Semana Santa, o destaque negativo ficou com a Serra, onde oito pessoas perderam suas vidas de forma violenta.
Fonte: GazetaOnline
Comentário: mais um secretário falando em atipicidade do alto número de homicídios, sempre relacionando-o a um período que em verdade nada teve de atípico. Houve, sim, uma variação levemente alterada, para maior, nas mortes ocorridas por ocasião da última semana "santa".
Caso aceitemos a sugestão do secretário em avaliar não apenas um fim de semana, mas períodos mais longos, de meses e anos, devemos lembrá-lo do desgaste dessa afirmação de atipicidade ainda usada pelo governo, e copiada do governo anterior. Aquele mesmo, onde aconteceram tantas "atipicidades" que levaram o Espírito Santo a galgar e permanecer com o constrangedor segundo lugar no número de homicídios neste País.
E já estamos há tanto tempo nessa colocação da escalada criminosa que um improvável ranqueamento da taxa de homicídios nacional sem o Espírito Santo nos primeiros lugares seria, aí sim, algo muito atípico.
A quantidade decrescente de homicídios em Guarapari é decorrente não de uma política de segurança mais eficaz, como afirma o secretário. Essa tal política continua a mesma de antes. O que aconteceu é que Guarapari, mais do que outros municípios do Estado, estava a um deus-dará de fazer pena. Teve como "grande" solução encontrada o simples remanejamento de mais policiais para a região, em detrimento de outra, descobrindo a cabeça para cobrir os pés da moribunda segurança pública capixaba.
Enquanto isso, na Serra...
Caso aceitemos a sugestão do secretário em avaliar não apenas um fim de semana, mas períodos mais longos, de meses e anos, devemos lembrá-lo do desgaste dessa afirmação de atipicidade ainda usada pelo governo, e copiada do governo anterior. Aquele mesmo, onde aconteceram tantas "atipicidades" que levaram o Espírito Santo a galgar e permanecer com o constrangedor segundo lugar no número de homicídios neste País.
E já estamos há tanto tempo nessa colocação da escalada criminosa que um improvável ranqueamento da taxa de homicídios nacional sem o Espírito Santo nos primeiros lugares seria, aí sim, algo muito atípico.
A quantidade decrescente de homicídios em Guarapari é decorrente não de uma política de segurança mais eficaz, como afirma o secretário. Essa tal política continua a mesma de antes. O que aconteceu é que Guarapari, mais do que outros municípios do Estado, estava a um deus-dará de fazer pena. Teve como "grande" solução encontrada o simples remanejamento de mais policiais para a região, em detrimento de outra, descobrindo a cabeça para cobrir os pés da moribunda segurança pública capixaba.
Enquanto isso, na Serra...
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