segunda-feira, 23 de maio de 2011

CORRUPÇÃO NO PLANALTO



Palácio do Planalto: endereço da pilantragem
 

Operação para blindar Palocci chega ao Senado

 

Governo quer evitar que ele seja chamado a explicar aumento de patrimônio

 


A operação do Planalto para abafar a crise em torno do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ganhará contornos decisivos nesta semana. O governo estabeleceu como sua principal missão barrar a tentativa de convocação de Palocci para depor no Senado, ação bem-sucedida na Câmara na semana passada, e impedir que a oposição avance na coleta de assinaturas para a abertura de uma CPI.
O ministro vem sendo cobrado a explicar o aumento de seu patrimônio nos últimos anos. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou, na semana passada, que a empresa de consultoria de Palocci faturou 20 milhões de reais em 2010, ano em que o atual ministro da Casa Civil coordenou a campanha à Presidência de Dilma Rousseff. Quatro anos antes, quando foi aberta, seu faturamento foi de 160.000 reais.

"Essa disputa é um embate político, e o governo vai reagir para não permitir o desgaste do ministro. O Palocci já deu todas as explicações", afirma o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). A avaliação governista é a de que barrar a convocação de Palocci na Comissão de Fiscalização e Controle, onde a oposição quer levá-lo para dar explicações, e segurar os movimentos pró-CPI seriam um passo político fundamental diante do atual cenário da crise, uma estratégia que não pode levar em conta o surgimento de fatos novos que agravariam a situação.

Na Câmara, o governo trabalhou com tranquilidade para derrotar a oposição. No Senado, o jogo é mais pesado, embora o Palácio do Planalto tenha maioria. A ordem é não dar brechas em comissões, para não repetir episódios passados, em que a oposição aproveitou descuidos da base governista e conseguiu convocar ministros.


 

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